I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO SAMBURÁ
Território, técnica, conhecimento e poder
De 16 a 19 de novembro de 2022
Território, técnica, conhecimento e poder
De 16 a 19 de novembro de 2022
Evento totalmente online
Clique nos títulos dos GTs para acessar a lista de trabalhos aprovados e o cronograma de apresentação.
GT 1 - TECNI[CIDADE] E CONHECIMENTO (lista de aprovados)
Jesus Marmanillo Pereira (PPGS-UFMA)
marmanillo.jesus@ufma.br
Luís Felipe Cardoso Mont’mor (PPGA-UFPB)
montmorluis@gmail.com
Victoria Ester Tavares da Costa (PPGSA-UFPA)
victoriaetcosta@gmail.com
O GT tem por objetivo agregar trabalhos que discutam as técnicas e as tradições de conhecimento praticados na cidade, em seus diversos tipos de atores e ambientes. Trata se de pensar a urbe por meio das práticas, dos saberes e habilidades de seus citadinos e no modo esses são constituintes da própria paisagem, caracterizando determinados processos sociotécnicos. partimos de um viés complexo, heterogêneo e interdisciplinar que ultrapassa as representações mais comuns sobre cidade para pensá-la a luz das próprias dinâmicas culturais, fluxos e conexões. Dessa forma, serão bem-vindos trabalhos que abordem a urbe a partir dos cotidianos indígenas, quilombolas, das práticas urbanas como capoeira, parkour, skate, graffiti, coco de roda, ciranda e assim por diante. Pesquisas que promovam o diálogo entre a antropologia urbana, do conhecimento e da técnica.
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GT 2 - TERRITORIALIDADES VÍVIDAS:
dinâmicas territoriais e processos de constituição das populações migrantes (Lista de aprovados)
Jamerson Bezerra Lucena (PPGA-UFPB)
jamluca@gmail.com
Gessyelle Catarine da Silva(PPGCS-UFCG)
gessyellecatarine@gmail.com
Pensando nas discussões sobre processos migratórios e dinâmicas territoriais ocorridas nos últimos tempos no Brasil, este grupo de trabalho se propõe a enveredar por essa problemática do surgimento de novos atores étnicos no território brasileiro e as formas ou modalidades em que esses sujeitos praticam, categorizam, designam e constituem seus novos territórios e, assim, formam e vivificam territorialidades. Serão privilegiados trabalhos etnográficos que problematizem processos de pertença, mobilidades, circulação de pessoas, novas formas de organização social, relações de coabitação, acesso à justiça e dinâmicas territoriais que mostram as diversas maneiras em que cotidianamente grupos étnicos constituem e são constituídos pelos seus territórios e por buscar novas formas de territorialidade. Assim, a proposta incentiva a apresentação de trabalhos que reflitam sobre organização social, configurações territoriais e territorialidades específicas, e acerca da riqueza ou limitação de determinadas abordagens e categorias utilizadas pelos antropólogos como instrumento de análise.
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GT 3- ARQUEOLOGIA PARTICIPATIVA, PROCESSOS TÉCNICOS E CONHECIMENTO (lista de aprovados)
Germana Karla Martins Soares da Silva (PPGA-UFPB)
germanakarla1@hotmail.com
Melba Godoi
Antropóloga Visual PPGA/ UFPB
melbagodoi@gmail.com
A proposta deste grupo de trabalho (GT) é promover uma reflexão sobre como os agenciamentos entre a Arqueologia participativa e os estudos acerca dos processos sociotécnicos tem colaborado para a formação e produção do conhecimento sobre as comunidades. A arqueologia participativa busca fomentar discussões que tratem dos objetos (numa relação sujeito e objeto), podendo falar “sujeito da ação” e “objeto da ação” evitando uma lógica dicotômica e hierarquizada, tendo como enfoque a produção e o compartilhamento social do conhecimento entre os agentes humanos e não-humanos. Nesse processo os agentes locais não são apenas expectadores, mas protagonistas, participando ativamente em todo processo de construção, registro e divulgação do conhecimento. Nesse viés participativo e multivocal, os processos técnicos em seus variados fatores constitutivos (economia, política, ambiente, social, elementos humanos e não humanos, entre outros) fazem parte dessa dinâmica de conhecer, valorizar e preservar o Patrimônio Cultural das comunidades. Destarte, a partir desta proposta este GT está aberto a trabalhos voltados a temáticas voltadas a processos técnicos, o estudo dos espaços e paisagem tarefa numa perspectiva da Arqueologia participativa e Antropologia da Técnica na produção desse conhecimento e experiências nas comunidades urbanas e rurais
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GT 4 - PROCESSOS ESPACIAIS E SUAS DIMENSÕES TÉCNICAS (Listas de aprovados)
Marianna de Queiroz Araújo (PPGA-UFPB)
mariannaqueirozaraujo@gmail.com
Carla Golé
Instituto de Ciências Antropológicas, Faculdade de Filosofia e Letras Universidade de Buenos Aires
carlagole@gmail.com
Este GT procura estimular e promover debates sobre o caráter processual do espaço e suas interrelações entre aspectos ambientais, materiais, sociais, políticos, econômicos, técnicos e simbólicos. Espera-se que os trabalhos apresentem investimento empírico e que privilegiem a análise das dinâmicas territoriais e lógicas indenitárias. Considera-se de grande relevância a abordagem de atividades técnicas que incluem coleta, cultivo, criação, produção, uso e circulação em diferentes escalas. Para compreender tais processos resulta significativo focar as experiências práticas do habitar, os conhecimentos e as habilidades que estão na base das cadeias operatórias e da organização técnica. Nestes termos, refletir e analisar a dimensão espacial das atividades técnicas e dos processos vitais que as mobilizam torna-se fundamental para realização tanto de pesquisas empíricas quanto nas elaborações analíticas em torno da paisagem de tarefas (INGOLD, 2021).
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GT 5- ALIMENTO E SUAS HISTÓRIAS: panoramas da alimentação em meio as relações de vida (Lista de aprovados)
Stephanie F. Sacco (UFPB/PPGA)
Fabricio Brugnago (UFPB/PPGA)
Rianna de Carvalho Feitosa (PPGAS/UFRN)
O estudo da alimentação é interdisciplinar por excelência. As ciências médicas, biológicas e humanas se preocupam com esse fato social que é biológico e cultural ao mesmo tempo. Nesse grupo de trabalho propomos discussões que abracem essa interdisciplinaridade, pensando na história dos alimentos ligadas as relações de vida, sejam humanas ou não humanas. Convidamos a refletir em relações práticas como eles são produzidos, preparados e ingeridos, em contextos culturais, sociais e biológicos conectando o ato de se alimentar e de produzir alimentos com diferentes formas de viver, habitar e coabitar os espaços. Serão bem-vindas discussões da agroecologia sobre formas de produção, e também pesquisas sobre práticas de criação de animais, caça e coleta com objetivo alimentar em sua relação com o ambiente e suas perspectivas cosmológicas; estudos que sigam os caminhos e histórias do alimento dentro de sua complexidade sociocultural (como o estudo com o açúcar de Mintz ou do Matsutake de Anna Tsing); estudos sobre hábitos alimentares de determinado grupo de pessoas podendo estar ligadas a uma tradição de conhecimento específica; estudos sobre (in)segurança alimentar e sua relação com políticas públicas; estudos sobre formas políticas de alimentação, entre outras. Privilegiaremos abordagens teórico-metodológicas que rompam com dicotomias como corpo e mente, natureza e cultura, indivíduo/sociedade, e apresentem os contínuos entre esses conceitos que se interlaçam nas malhas de histórias dos alimentos no mundo.
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GT 6 - Direitos Humanos: Identidades, Gênero, Relações Étnico Raciais (Lista de aprovados)
Profa Dra Amanda Marques
amandamarques.geografia@gmail.com
Profa Ms.Vivianne de Sousa
vivianne.uepb@gmail.com
Este Grupo de Trabalho tem como objetivo o debate a respeito das experiências marcadas pelo gênero, em interlocução com marcadores sociais da diferença de raça, etnia e identidades. Através de relatos, análises que abordem a diversidade e a relação entre cultura e direitos humanos, discutiremos temáticas perpassadas pelas relações Étnico Raciais e de Gênero A partir de um debate construído por e com aqueles que historicamente foram condicionados ao lugar de invisibilidade, nas relações saber-poder. Interessa-nos, teórico/metodologicamente, um debate que promova uma interação positiva na busca pelo trânsito entre as fronteiras que marcam como diferentes, aqueles que ultrapassam as imposições de uma normativa heterosexista, classista e racista. Este espaço oferecerá subsídios para uma análise do reconhecimento do direito à diferença e a luta contra as discriminações e desigualdades, com ênfase nas experiências construídas como subalternas, possibilitando uma renovação e sustentabilidade dos movimentos sociais, bem como mecanismos para a ampliação da participação da sociedade civil no debate e na implementação de políticas para a efetivação dos direitos humanos.